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Netflix em Números Globais

Atualizado: 20 de jan. de 2020

A Netflix divulgou semana passada dados especiais sobre assinantes do mundo todo, que trazem uma análise interessante sobre o público e o futuro do serviço de streaming.



A Netflix não costuma divulgar seus dados específicos, principalmente de usuários e assinantes. Porém, na semana passada, divulgou uma leva de dados separados por região, que atestam uma mudança percebida também em outros ramos da tecnologia e da comunicação.


Crescimento de um novo público

Estados Unidos e Canadá - o público inicial da Netflix em seu lançamento - continuam sendo os maiores mercados, com 67,1 milhões de assinantes. O segundo maior público é o que a empresa chama de EMEA (Europa, Oriente Médio e parte da Ásia), com 47,4 milhões de usuários. Logo em seguida temos a América Latina (com 29,4 milhões de usuários) e a região Ásia-Pacífico, com 14,5 milhões. O maior fator de interesse, no entanto, está no crescimento de cada região no último ano: enquanto EUA e Canadá cresceram 6,5%, EMEA cresceu 40% no mesmo período. Mas a maior expansão veio justamente da região com menos usuários; na área Ásia-Pacífico, o crescimento foi de 53%. Ao todo, a Netflix revelou ter mais de 158 milhões de usuários pelo mundo.


Novo mercado

Ao analisar o crescimento de cada região, podemos ver que o esperado é que nos próximos anos a liderança em usuários (e por consequência a prioridade) seja outro continente, e não mais o americano. O que é nada menos que uma tendência global, onde o mundo olha para a região Ásia-Pacífico com novos olhos, visando uma economia crescente e uma população sedenta por tecnologia e novidades. Contudo, a mesma região é a terceira (ou penúltima, ficando apenas à frente da América Latina) mais rentável mundialmente para a Netflix, com US$ 9,31 mensais por usuário. Mas isso não é um problema: sendo uma das regiões mais populosas do mundo, o setor Ásia-Pacífico é mais rentável que os outros a longo prazo.


Ainda gigante

Mesmo com o surgimento, nos últimos anos, de concorrentes de peso - como Prime Video, HBO Go e Disney+ - a Netflix deve se manter inatingível pelo menos até 2024, ano em que especialistas preveem que o serviço será superado pelo Disney+. No entanto, os investidores da Netflix não precisam se preocupar tanto assim: apesar do impacto que o Disney+ deve gerar ainda este ano, o download de aplicativos e novas assinaturas se manteve estabilizado, já que é possível manter mais de um serviço de streaming pago ao mesmo tempo. Ainda em números, a Netflix passou o YouTube como plataforma de streaming em que os adultos passam mais tempo.


O futuro do streaming ainda é incerto, e é claro que a Netflix resolveu revelar estes números específicos em frente ao surgimento de novas plataformas com conteúdos vastos e de muita qualidade, e tranquilizar seus investidores. Mas a verdade é que a briga pela atenção ainda deve vir, já que esta vai estar cada vez mais dividida em plataformas diversas.


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