Como elaborar um bom roteiro?
Ansiosos, autores inexperientes obedecem regras. Escritores rebeldes, não-educados quebram as regras. Artistas tornam-se peritos na forma.
Robert McKee, celebrado especialista na escrita de roteiros, prega que na arte do screenwriting não há “fórmula”, e sim, “formas”, que são eternas e universais. Antes mesmo de Cristo, o filósofo grego Aristóteles (384 - 322 a.C.) busca sistematizar em Arte Poética o formato e a estética da poesia trágica e épica gregas. Parece muito tempo, mas essas ideias ainda influenciam muita gente, como Aaron Sorkin, ganhador do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por A Rede Social, que cita Poética como o lugar para começar se buscamos “regras” na hora de escrever de argumentos para as telas.
Ou seja: há muito tempo a humanidade pensa sobre a melhor estrutura para se contar uma história. Mas será que esses parâmetros citados funcionam para um vídeo institucional?
Ou até para canais de YouTube?
A resposta é sim! Os conhecimentos se aplicam a histórias reais tanto de empresas, quanto as que se encaixam em entretenimento, gastronomia, etc. Só que em uma produtora audiovisual, ao invés de sentarmos na frente de um computador aguardando a inspiração chegar, nós da Onze Trinta elaboramos a narrativa a partir de um briefing passado pelos clientes, detalhando seus desejos e objetivos para o produto final. Com o conceito fechado, usamos os tais “formatos” para encaixá-lo no roteiro.
Para entender melhor o nosso processo de escrita, abaixo listamos algumas definições que levamos em conta durante a criação de um roteiro para um cliente:
Storytelling
Até soa batido, mas o tal do storytelling é muito relevante em vídeos de publicidade
Segundo o autor e publicitário espanhol Antonio Núñez López, storytelling é “uma ferramenta de comunicação estruturada em uma sequência de acontecimentos que apelam a nossos sentidos e emoções”.
Na Onze Trinta, uma pergunta é fundamental na hora da reunião de briefing: qual é o sentimento que o cliente quer passar? Assim, criamos histórias movidas por empatia e experiências universais, que funcionam ao fazer o público se emocionar e se identificar com o assunto retratado.
Cenas
Cenas são um conjunto de sucessões de imagens em movimento acontecendo no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Segundo McKee, é importante que toda cena traga uma ação que gere um crescimento ou mudança na vida dos personagens de ficção. Ou seja: todas as sequências precisam ser relevantes e mover a história adiante. Mesmo em filmes institucionais e para YouTube , esse conceito acompanha os roteiros da Onze Trinta.
Atos
Atos são as divisões de uma obra, com conjuntos de cenas que constroem uma narrativa. Muitos roteiros cinematográficos seguem uma estrutura em três atos: o primeiro, que apresenta todos os elementos importantes que devem ser apresentados, como personagens, ambientação; o segundo, que desenvolve o que foi apresentado no primeiro; e o terceiro, que traz o desfecho.
Na Onze Trinta, os atos definem os pontos importantes que o cliente queira contar no filme. Em um vídeo institucional, podemos criar as divisões com base em valores como estrutura sólida, tempo de mercado, inovação tecnológica, por exemplo.