top of page

Uma Breve História da Animação



Quando falamos em animação, logo nossas cabeças se enchem de memórias de nosso repertório. Mas e se a gente te contasse que a arte de colocar imagens com movimento data do período Paleolítico? Neste post do Blog da Onze Trinta contamos uma pequena história da animação.


Dar alma

A animação é tão antiga quanto os desenhos nas cavernas. Os desenhos figurativos que representam imagens em movimento foram aprendidos por nós, humanos, no Paleolítico Superior. Na caverna de Lascaux, na França - com desenhos de 17 mil anos - alguns animais aparecem em diferentes momentos da mesma ação. Muitos e muitos séculos depois, egípcios e romanos também fizeram seus desenhos sequenciais.


Persistência retiniana

Foi só nos anos 1820 que os estudos com ilusões de ótica começaram a explicar o fenômeno da persistência da visão, que permite a ilusão de movimento baseada em desenhos estáticos. Nesta mesma época os desenhos sequenciais começaram a ser atrações em parques até o início do século XX. Essa sensação de movimento era alcançada através de modificações em filmes, realizadas frame a frame.


Hand drawn animation

Após a descoberta de que era possível criar a ilusão de movimento a partir de modificações realizadas nos frames dos filmes, a técnica foi melhorada para o que hoje chamamos de animação clássica, feita à mão. E desde então esse estilo vem sendo aprimorado por vários artistas e seus estúdios. No início, essas animações eram trabalhosas e demoradas, e eram necessários muitos desenhos para conseguir um segundo de animação; até que em 1914 Earl Hurd criou a tecnologia de se usar no processo folhas de acetato com os personagens, que seriam sobrepostas ao cenário. Assim, este não precisava ser desenhado sempre. A primeira animação a ser exibida por um projetor moderno é desta época, e se chamava Fantasmagorie (1908):


A era dourada

A partir do final dos anos 1920 que as tecnologias avançaram - como a Technicolor, que permitia cores às animações, e entramos em uma era próspera, repleta de estúdios e quando a animação se consolidou como gênero audiovisual. As animações em longa metragem ganham força, e o estúdio Disney lança seu primeiro longa animado: A Branca de Neve e os Sete Anões, de 1937, e que até hoje marca gerações (contudo, o primeiro longa animado é argentino, de 1917). Com esse feito, seu estúdio começou a ditar tendência no mercado, trazendo várias inovações, sendo uma delas a câmera multiplano.


A era da economia

Com a chegada e a popularização da televisão, o estúdio Hanna-Barbera se tornou especialista nessas animações curtas, que muitas vezes não tinham muita qualidade, mas serviam para preencher a necessidade diária por conteúdo que a televisão exigia. A animação passou a ser limitada: menos quadros e repetições de cenas, de roteiro e até de ideias. Desde Jambo e Ruivão, o estúdio foi responsável por sucessos como Scooby-doo, Os Jetsons, Os Flinstones e Zé Colméia.


Animação pelo mundo

Mas é claro que a animação não se restringiu apenas aos Estados Unidos. No Japão, após o final da Segunda Guerra (1945) a animação do país começa a sofrer forte influência estadunidense, e as histórias ficam mais ocidentalizadas - mesmo que ainda possuíssem elementos tradicionais. Os anos 1980 trouxeram a popularização da animação no país, onde as histórias em quadrinhos - chamadas de mangás - ganharam movimento e cores, e os animês se tornaram também um produto de exportação, assim como a animação japonesa em geral (o famoso Studio Ghibli foi fundado em 1985). Hoje, o Japão é o segundo maior mercado de animação, ficando atrás apenas dos EUA, e as animações japonesas fazem parte do cotidiano do brasileiro.


Stop motion

Esta técnica de animação é tão antiga quanto o cinema em si - sendo utilizada por Georges Mélies em seu conhecido Viagem à Lua, e continua a ser utilizada na animação por grandes estúdios especializados, como o Laika. No entanto é um processo trabalhoso e mecânico: cada segundo de uma animação realizada com a técnica precisa de em torno de 24 frames para ganhar vida. Mas o resultado é surpreendente, com filmes aclamados e marcantes usando a técnica para trazer os personagens à vida.


Era digital

Como já contamos, a partir dos anos 1940 a animação ganhou novas tecnologias desenvolvidas principalmente por Walt Disney e os animadores de seu estúdio, como a câmera multiplano, que simulava um efeito que gerava a impressão de objetos se movendo de forma independente na tela, algo revolucionário. Foi Walt Disney também que ajudou a fundar a CalArts – California Institute of the Arts em 1961, sendo essa uma das primeiras escolas com foco no mercado de animação. E onde a CalArts entra nessa história? Um de seus alunos, John Lasseter, começou a experimentar com computação gráfica em seus trabalhos. Lasseter é um dos fundadores da Pixar, o mais famoso estúdio de animação digital do mundo, e que lançou o primeiro longa metragem feito totalmente por computação gráfica na história: Toy Story, de 1995. A empresa ainda abriu caminho para outros estúdios de animação computadorizada, como a DreamWorks Animation e a Blue Sky Studios, e comanda o que entendemos hoje por animação.


A animação veio para ficar. É nela que exploramos o imaginário e a fantasia, e também trazemos temas sérios a serem discutidos. Tão antiga quanto o cinema em si, a arte fazer com que imagens se movimentem usando um princípio ótico é quase natural do homem. É uma área que não para de inovar. E o que será que virá?


Nós da Onze Trinta somos apaixonados por esse gênero do audiovisual e também artístico que é a animação. Tanto que a animação digital 2D é uma das nossas especialidades por aqui. Quer saber mais? Conheça o que a Onze Trinta pode fazer por você.


Para receber nossos posts, cadastre-se.

Encontre pelo tema

bottom of page