Proporção Áurea, Sequência de Fibonacci, Número de Ouro. Provavelmente você já ouviu falar sobre esse assunto, e não é por menos: a harmonia matemática na natureza é buscada há séculos, em uma tentativa do homem de entender e replicar o mundo natural.
Fibonacci
Tudo começou com Leonardo Fibonacci, que foi o primeiro a entender que de uma sequência numérica (inciada por 0 e 1 e onde o próximo número é a soma de seus dois antecessores) extrai-se uma constante conhecida como número de ouro. A partir destes estudos, foram construídos o retângulo áureo e a espiral áurea, e aqui podemos explicar melhor com um vídeo hipnotizante do diretor Cristóbal Vila, com apoio da Éterea Studios.
Nas artes
Seu maior uso aplicado se deu na Renascença, com a descoberta dos monumentos e estudos realizados na Antiguidade Clássica. A proporção áurea foi muito utilizada pelos gregos para a construção de seus monumentos, e era a racionalização da beleza. Com a retomada desses valores, os artistas renascentistas passaram a aplicar esses estudos matemáticos em suas obras, em busca também da beleza matemática, pura e racional. O destaque nesta época na utilização foi Leonardo DaVinci.
Na natureza
Ainda sobre os gregos e a racionalização da beleza, para Pitágoras a natureza também era racional e matemática. E ele conseguiu encontrar em diversos locais essa espiral de criação. A proporção áurea está inclusive em nossos corpos, como em nossas mãos e nos tamanhos de nossos dentes. Não é à toa que essa proporção também é chamada de o número de Deus, já que podemos aplicá-la em vários componentes do mundo natural.
No design
A proporção áurea pode ser encontrada em vários lugares no nosso dia-a-dia, através do design. E aqui a busca é a mesma: a da harmonia e beleza racionalizada. E não se engane ao achar que aquele logo impactante e memorável não usou desta proporção; ela pode ser o ponto de partida e o toque final, mas sempre está lá. Praticamente qualquer representação visual pode ser melhorada com a aplicação da regra de ouro e, uma das mais famosas é o icônico logo da maçã, que é bem mais complexo e mais racional do que se imagina.
No cinema
Na fotografia e no cinema uma outra regra é muito utilizada: a regra dos terços. Esta consiste em sobrepor grade cruzada sobre a sua imagem e cortar ou mover a imagem de modo que os ‘pontos de interesse’ se encontrem nas linhas ou cruzamentos de linha. Parece simples, certo? Essa grade é inclusive encontrada em visores de câmera e até nas câmeras de celulares. No entanto de uns anos pra cá parece haver um novo consenso, de que organizar os assuntos em torno da proporção áurea e sua curva pode deixar as imagens mais dinâmicas, e direcionar o olhar de quem assiste ao ponto de interesse de forma natural, como um passeio. Mas quem melhor para explicar seu uso de forma prática que um diretor? Por isso separamos este vídeo do cineasta Peter Greenaway, que utiliza sua formação e interesse por pintura para reger visualmente seus filmes (e que possui legendas, é só ativar):
A matemática está presente em nossas vidas de forma natural, ou o homem que buscou racionalizar a natureza? De qualquer forma, a proporção áurea é utilizada por muitos para gerar resultados harmoniosos e que convidam o olhar a percorrer o espaço e focar no mais importante, sem distrações pelo caminho. Tudo para resultar em uma visualidade dinâmica e que nos parece familiar, quase simples, mas que por trás mostra sua complexidade.
Na Onze Trinta estamos constantemente estudando para criar novas imagens. Descubra o que a Onze Trinta pode fazer por você.
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